Quando ingerimos qualquer alimento, a comida passa da garganta para o estômago através do esôfago. Ao chegar ao estômago, as fibras musculares (esfíncter) do órgão impedem que o alimento faça o caminho contrário, e volte para o esôfago.

Se o esfíncter não se fecha bem acontece o que chamamos de Refluxo Gastroesofágico (RGE); esse fenômeno ocorre quando uma parte do conteúdo líquido do estômago sobe, através do esôfago, em direção à garganta (laringe e faringe). As causas podem ser múltiplas (erros alimentares, doenças digestivas, aumento de peso, causas comportamentais, etc).

          – Como saber se eu tenho refluxo?

Alguns sintomas típicos do refluxo são azia, dor no peito, tosse seca, dor de garganta e náusea após refeições. Ou seja, sintomas genéricos que podem ser facilmente confundidos com outras causas. Caso desconfie que esteja com refluxo, procure um especialista. Além de levar em consideração esses sintomas, o médico pode precisar também solicitar exames como a endoscopia digestiva alta, para verificar se há esofagite ou outras doenças do estômago, ou ainda outros testes para verificar a acidez e a saúde da musculatura do esôfago.

          – Quem pode desenvolver esse quadro?

Qualquer pessoa, independente de sexo, raça ou idade pode desenvolver um quadro de Refluxo Gastroesofágico ao longo da vida; desde bebês até pessoas na terceira idade. O RGE pode ocorrer naturalmente com qualquer pessoa sem que isso represente maiores problemas, porém, quando os sintomas passam a ser muito intensos ou frequentes, é necessário procurar auxílio e orientação médica.

          – Como minimizar o refluxo?

Uma vez diagnosticado, o tratamento elaborado pelo médico pode envolver diversas orientações como: não passar grandes períodos sem se alimentar, o ideal é comer a cada 3 horas, com calma e mastigando bem os alimentos; nas principais refeições (almoço e jantar), evitar tomar líquidos e não comer demasiadamente; evitar alimentos como: café, chocolate, molho de tomate, pimenta, chá preto, mate, alimentos muito ácidos/cítricos, hortelã, anis, menta, refrigerantes, bebidas gasosas e álcool (principalmente à noite). Evitar também bebidas muito quentes; evitar fumar; aguardar cerca de 1 a 2 horas entre a última refeição do dia e o sono; elevar a cabeceira da cama; praticar atividades físicas para melhorar o tônus muscular, corrigir desvios posturais, adequar seu peso à sua altura e promover seu bem-estar; evitar posições que aumentam a pressão intra-abdominal: posturas inadequadas (não curve o peito sobre a barriga), cintas e roupas muito apertadas (principalmente após as refeições); dormir bem, repousar e diminuir seu nível de estresse. Seu corpo e mente agradecerão!

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